Sim, você pode evitar e reverter completamente uma busca e apreensão do seu veículo se agir com antecipação e cautela.
Como resultado, compilamos uma lista de detalhes críticos sobre o que você pode fazer para proteger seus direitos nessas situações. Possibilitando a recuperação do veículo ou minimizando as consequências.
- Antes do prazo de 5 dias para apreensão do veículo, contrate um advogado especializado em direito dos contratos bancários e busca e apreensão de veículo para examinar a regularidade do processo de busca e apreensão do banco, pois em alguns casos, a apreensão pode ser revertida sem a necessidade de pagamento do valor integral da dívida.
- Por meio da revisão do processo de busca e apreensão, o advogado especializado em busca e apreensão de veículo poderá determinar se a instituição financeira cumpriu todas as exigências legais, caso contrário, a apreensão do veículo poderá ser cancelada .
- A lei exige que o financiado seja notificado pelo correio para que as parcelas possam ser pagas antes da sentença de busca e apreensão. Esta notificação pode ser recebida por qualquer pessoa que se encontre na morada indicada no contrato de financiamento.
- Mudanças de endereço são bastante comuns, e a notificação pode ou não atingir o notificado. Alternativamente, o Correio pode devolver a notificação com a informação “ausente”, “alterada” ou “não procurada”, podendo o banco então entrar a ação e apreender o veículo. Neste caso, a apreensão é ilegal!
- Outro fato comum é que os bancos notificam por meio de edital sem esgotar os meios de localização dos financiadores (ou seja, quando não é encontrado um financiador, o aviso é feito por cartório, considerado notificado). No entanto, se houver residência fixa, o edital não poderá ser feito, e a apreensão do veículo poderá ser cancelada.
- Muitas vezes, as parcelas vencidas informadas pelo banco eram pagas sem que o juiz percebesse e o juiz acabou ordenando que o veículo fosse apreendido.
- Existe seguro em caso de inadimplência. Por exemplo, mesmo que uma parte financiada acione o seguro em caso de desemprego, os bancos muitas vezes atrasam o processo e entram com uma ação de busca e apreensão. Neste caso, a apreensão pode ser cancelada.
- Muitos bancos realizam operações de busca e apreensão em áreas diferentes das especificadas contratualmente de má-fé. A ação deve ser intentada no tribunal da residência do consumidor, ou pode ser arquivada.
- O veículo pode ser “pago” (o valor indicado pelo banco) em até 5 dias após a apreensão e o veículo devolvido imediatamente. Mesmo com esse pagamento, o banco muitas vezes alegou que o valor estava incorreto e o veículo não foi devolvido. Neste caso, um advogado de busca e apreensão de veículo deve ser consultado. Os pagamentos só podem ser feitos através do tribunal, não diretamente ao banco!
Advogados especialistas na área do direito bancário e busca e apreensão de veículo, conhecendo algumas dessas inúmeras situações, podem intervir no processo e reverter a medida de busca e apreensão e devolver o veículo apreendido ao financiador.
- Vale ressaltar que, ainda que não se verifique nenhuma das hipóteses acima, é inteiramente aconselhável que apresente defesa durante o processo de busca e apreensão. Vamos explicar o porquê:
- O valor original da dívida será somado aos juros abusivos, multas e outros encargos que elevarão o valor da dívida a patamares muito elevados, muitas vezes insuficientes para liquidar integralmente mesmo que o carro seja vendido.
- Nesse caso, o banco cobrará o saldo remanescente do financiamento durante o processo de busca e apreensão. Ao apresentar uma defesa, essas alegações de abuso podem ser evitadas.
- Durante o processo de busca e apreensão, além do valor da dívida, o banco cobra honorários de cartório (aproximadamente R$ 3.000,00), honorários advocatícios (10% do valor da dívida), taxas de estacionamento quando o veículo não for vendido, taxas de leiloeiro e cobranças, que são taxas que agregam alto valor aos saldos pendentes.
- Ao apresentar uma defesa, pode-se obter justiça gratuita, eliminando a necessidade de pagar honorários notariais caso a caso e evitando outros custos de abuso.
- Caso o financiador não conteste, o banco não fornecerá contas referentes ao produto da venda do veículo. Ou seja, se o valor de venda do carro ultrapassar o valor da dívida (ex: financiamento, são devidas 15 parcelas de R$ 10.000,00, mas já foram pagas 45 parcelas de R$ 30.000,00. O carro apreendido é vendido por R$ 40.000,00. O consumo deve receber a diferença de R$ 30.000,00)
- Subsidiados/consumidores podem obter exclusões por acusações de abuso incluídas no contrato, apresentando defesa em busca e apreensão.