Se você financiou um carro, mas por um tempo não consegue pagar suas mensalidades, ou vai a um banco ou financeira para renegociar a dívida, conviver com o risco de busca e apreensão do veículo. Ou seja, o banco pode pegar seus ativos por inadimplência.
A busca e apreensão é um ato previsto em lei que permite a uma empresa financeira retirar um bem, geralmente, imóvel que não está sendo pago até o valor financiado.
Lembre-se que esta não é a primeira escolha do banco, de qualquer forma, levar o seu carro não é a sua intenção. O ideal é que, em caso de dificuldade no parcelamento, o cliente vá ao banco e peça para negociar um prazo de pagamento maior ou uma taxa de juros mais razoável.
No entanto, caso o débito em aberto não seja pactuado, a busca e apreensão do veículo é uma das medidas aplicadas pelo banco para evitar o caso de perda.
Entenda melhor como funcionam as buscas e apreensões de veículos e saiba como sair disso!
Como é feita a busca e apreensão ou apreensão?
Sabiamente: quando financia um carro, coloca o próprio veículo como garantia da dívida, pelo que se incumprir ou atrasar o pagamento das prestações, a empresa bancária está autorizada a recuperar esse bem, vendendo-o a um terceiro, para pagar os serviços prestados (empréstimo de juros).
É por isso que a instituição financeira pode pedir a um juiz o resgate do veículo, pois é uma garantia de que o contrato será ressarcido.
Embora um banco possa realizar uma ação de busca e apreensão em contrato de venda de automóveis, com base apenas no atraso de uma das parcelas, geralmente não o faz, pois não seria viável financeiramente adotar tal medida, por meio de ação judicial custas, honorários advocatícios e demais processos extrajudiciais.
Na prática, a instituição financeira toma a ação mencionada quando há pagamentos em aberto.
Para que um juiz ordene (com urgência) a busca e apreensão do veículo.
Assim, se o banco não aplicar nenhuma das medidas acima, o Juiz não pode ordenar ao oficial de justiça a apreensão do veículo de emergência.
Além disso, não basta apresentar uma carta ou uma objeção: a instituição financeira deve demonstrar que o devedor realmente tem conhecimento da dívida (recebeu a carta ou tomou conhecimento da objeção).
Mas atenção: estas condições, que não são cumulativas (suficientes para satisfazer uma delas), são utilizadas pelo juiz para ordenar a apreensão do veículo em caso de urgência, ou seja, durante o processo.
Nada impediu, mesmo sem eles, ao final do julgamento, o juiz ordenou a busca e apreensão do veículo.
Uma vez que o banco tenha comprovado os requisitos acima, o juiz fará um pedido de urgência e ordenará ao oficial de justiça que localize (busque) e apreenda o veículo.
Para ter sucesso no seu trabalho, o agente (sob autorização judicial) pode exercer poderes de polícia, bem como amarrar as portas interiores e exteriores do imóvel.
Localizando o veículo, o oficial irá fazer (lavrar) um documento, levando-o logo em seguida.
Em alguns casos, os bens pessoais do devedor (livros, documentos, música, etc.) dentro do veículo também são confiscados. Teoricamente isso não é possível, mas como todos sabem, na prática é completamente diferente.
Em tal situação, o devedor deve dirigir-se a um advogado para tomar as medidas cabíveis.
Após a apreensão do veículo, o veículo é encaminhado para o local responsável pelo banco (geralmente um grande canteiro de obras, cheio de veículos), e dentro do prazo previsto em lei, o devedor começa a correr.
Existem duas durações: uma de 5 (cinco) dias e outra de 15 (quinze) dias.
No prazo de 05 dias, o devedor poderá quitar a totalidade da dívida apresentada pelo banco (no momento da penhora, o oficial de justiça entrega a pretensão original, acompanhada de planilha elaborada pela instituição financeira), devendo imediatamente efetuar a equalização.
O veículo será devolvido ao devedor sem ônus da propriedade fiduciária (basicamente, no sistema do departamento de transporte, o veículo é a garantia de reembolso).
No prazo de 15 (quinze) dias, o devedor deverá apresentar sua defesa, que naturalmente será elaborada pelo advogado contratado.
Actualmente, a maioria considera que estes prazos serão aplicados após o oficial de justiça ter concluído a acção de urgência.
Logicamente, esta contagem deve seguir as regras do Código de Processo Civil.
Outra questão sempre levantada nesse tipo de procedimento é:
Ao esconder o carro, o que o banco não tem mais direito de fazer?
Sim ele tem. A instituição financeira pode tomar outras providências legais para liquidar a dívida, como penhorar quaisquer outros bens de propriedade do devedor.
Esconder o carro só vai dificultar as operações do banco, mas não vai extinguir a dívida. Além disso, em alguns casos, esconder o carro será extremamente ruim.
No final, se a ação for bem sucedida, o veículo deve ficar no banco, o banco pode vendê-lo a terceiros.
Como realizar uma consulta de busca e apreensão?
O recebimento de uma ligação ou carta de acompanhamento de busca e apreensão de veículo nem sempre significa que o processo foi iniciado.
Este é apenas um anúncio que pode acontecer em breve caso a empresa não determine o vencimento da parcela nos próximos dias.
Então fique tranquilo, pois você ainda tem algum tempo para negociar sua dívida e evitar perder seu carro.
Para verificar a situação, uma investigação de busca e apreensão pode ser realizada no site do seu Tribunal de Justiça Estadual.
Basta acessar o site e procurar opções como Acompanhamento Processual, Consulta Processual ou Consulta Processual (os nomes variam de acordo com o estado). Em um espaço dedicado, você pode encontrar e rastrear todos os arquivos abertos com seu nome.
Em geral, os pedidos de busca e apreensão podem ser feitos apenas digitando o nome completo, mostrando todos os processos em aberto, inclusive aqueles relacionados à cobrança.
Se os resultados confirmarem a existência do processo, deverá imprimir a página e procurar assistência jurídica para descobrir a melhor forma de resolver o problema.
O que fazer quando o veículo é revistado ou apreendido?
Enquanto se negocia de forma amigável e ou se faz a revisão de seu contrato judicialmente, ou ainda enquanto você se defende da busca e apreensão.
O ideal é que o veículo não esteja em seu endereço (esconda o veículo), pois após tomar posse do mesmo, o banco exigirá que seja pago o valor das prestações vencidas, mais as prestações remanescentes alegando quebra contratual.
Proteja-se das más consequências financeiras.